

Três deputados do PL, Josimar Maranhãozinho (MA), Pastor Gil (MA) e Bosco Costa (SE), são réus no Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de venderem emendas parlamentares. Segundo o portal Uol, as investigações mostram que o grupo tentou intimidar um prefeito e um lobista ligados ao caso.
O prefeito de São José de Ribamar (MA), José Eudes (Avante), teria sido pressionado por um agiota ligado ao deputado Maranhãozinho, o empresário Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como Pacovan, assassinado em junho do ano passado, que articulava cobrança de R$ 1,67 milhão em propinas para liberar R$ 6,67 milhões em emendas. O prefeito teria se recusado a pagar. Em novembro de 2020, após quase um ano de pressão, ele denunciou o caso à Polícia Federal (PF).
Dos R$ 6,67 milhões enviados a São José de Ribamar, R$ 4,12 milhões (mais de 60%) foram de Bosco Costa. Partiu de Maranhãozinho R$ 1,50 milhão e do Pastor Gil R$ 1,04 milhão.
O agiota teria ameaçado o lobista de um senador identificado como “Ebenézer” com “bala na cara”, que reivindicava a propina. A defesa dos deputados nega as acusações e não se manifestou ao Uol sobre as intimidações.
“O problema não está sendo em valor, o problema é um lobista que apareceu dizendo que os três valores é dele [sic]. Nós temos que desmascarar ele. Já estava tudo armado para pagar para ele. Temos que esclarecer com o prefeito e o secretário”, diz o áudio de Pacovan a Josimar Maranhãozinho (PL-MA) em 29 de janeiro de 2020.
“Esse daí é o telefone do prefeito e do secretário de Saúde. Porque eu quero desmascarar, esse cara que tá dizendo que é dele [o direito às propinas]. Ele vai pegar uma bala na cara. Esse vagabundo. Eu fiquei ontem até meia-noite lá com o prefeito. Lá no Ribamar. Entendeu? Esse cabra que eu te falei. Ele tá dizendo que é dele. Que é de um senador. Que é de que não sei quem”, diz o áudio de Pacovan a Josimar Maranhãozinho (PL-MA) em 30 de janeiro de 2020.
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