

Após o comunicado do vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), afirmando que não pretende utilizar o projeto de lei (PL) da reciprocidade em resposta às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, os parlamentares manifestaram apoio à decisão do Poder Legislativo.
O texto, aprovado pelo Congresso esta semana, estabelece mecanismos para que o Brasil possa retaliar tarifas comerciais ou medidas protecionistas adotadas por outras nações. Na última quarta-feira (3), Trump anunciou uma alíquota de 10% para produtos de origem brasileira, a menor taxa prevista na tabela. Anteriormente, o presidente já havia imposto uma taxa de 25% sobre o aço e o alumínio brasileiros.
A atitude de Alckmin foi criticada pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), um aliado de primeira hora do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Em um quadro polarizado, o Congresso se uniu. Em apenas uma semana, dotou o Brasil de uma lei de reciprocidade. O Executivo não é obrigado a agir, mas deveria observar o clamor social, a vontade política e as reações no mundo. Diplomacia não é covardia”, disse Calheiros.
Quem também se manifestou sobre o caso foi o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), que enviou um ofício para a Casa Civil sugerindo ações para proteger o agronegócio brasileiro dos impactos causados pelo tarifaço de Trump.
“A elevação unilateral dessas tarifas compromete a competitividade do nosso agronegócio, afeta cadeias produtivas inteiras e ameaça a geração de empregos e divisas para o país. O Brasil precisa agir com firmeza e unidade para proteger os interesses nacionais”, pontuou Mecias.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil