

Os laudos periciais realizados em Larissa Ferrari confirmaram lesões físicas e indicaram sinais de violência psicológica e sexual. A advogada acusa o jogador francês Dimitri Payet, do Vasco, de agressão física, moral e psicológica durante um relacionamento marcado por abusos e situações degradantes, segundo ela.
De acordo com os documentos obtidos pelas autoridades, Larissa passou por duas perícias físicas, nos dias 1º e 8 de abril, que identificaram hematomas e cicatrizes causadas por “ação contundente” nas pernas, glúteos, coxa e antebraço. Uma avaliação psicológica apontou que a moça sofre de Transtorno de Personalidade Borderline, e confirmou, com base em seu relato, que ela foi vítima de múltiplos tipos de violência.
A denúncia, registrada inicialmente no Rio de Janeiro em 29 de março e no dia seguinte no Paraná, detalha que o relacionamento com Payet se tornou abusivo após ele descobrir que ela havia contado sobre o caso a uma amiga. Segundo Ferrari, o atleta passou a chamá-la de “vagab*nda” e afirmava que ela merecia ser “punida”.
Ela relata ainda práticas humilhantes às quais foi submetida, como beber a própria urina e lamber o chão, além de agressões físicas severas durante relações sexuais não consensuais: “Ele pisava no meu rosto, me empurrava, dizia que eu merecia aquilo”, afirmou em entrevista ao jornal Extra.
As ameaças teriam começado após o fim da relação, com mensagens veladas como “Vou mandar alguém pra te deixar segura”. Ela diz ter optado por tornar público o caso como forma de proteção. “Sabia que seria julgada, mas preferi garantir a minha segurança”, declarou.
A ocorrência segue sob investigação pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, no Rio, em sigilo. A assessoria de Dimitri Payet ainda não se pronunciou sobre o caso.
Veja fotos dos hematomas de Larissa Ferrari:


Reprodução/Redes Sociais/Arquivo Pessoal