

Após a oficialização do requerimento de urgência para a votação da anistia para os envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro, o governo Lula traçou uma estratégia para impedir que o texto avance na Câmara dos Deputados. A informação é da coluna de Malu Gaspar, no Globo.
De acordo com a publicação, o objetivo é aproveitar brechas no regimento da Câmara dos Deputados que dêem margem ao presidente, Hugo Motta (Republicanos-PB), para negar o pedido.
A expectativa é de que assessores de Gleisi Hoffmann na Secretaria de Relações Institucionais tentem convencer os deputados que assinaram o pedido de urgência a subscrever um novo documento para a retirada do requerimento.
Segundo o regimento da Câmara, para retirar de pauta um projeto em regime de urgência, mais da metade das assinaturas endossaram essa tramitação rápida. Com isso, dos 262 parlamentares que assinaram o pedido protocolado pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), o governo teria que 132 deputados retirassem suas assinaturas para retirar o requerimento de urgência.
Membros do governo Lula tentam encontrar brechas no regimento que permitam a Hugo Motta tomar a decisão unilateral de retirar a urgência do texto. O entendimento é de que mesmo que sejam 20 ou 30 assinaturas seria o suficiente para alegar que o pedido de urgência não tem mais legitimidade.
Marcelo Camargo / Agência Brasil