

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), voltou a elogiar um eventual projeto de lei para diminuir as penas de condenados por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro.
No entanto, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, o petista apoia o projeto desde que não conceda anistia ou qualquer benefício para os mandantes e os financiadores dos ataques.
“Eu acho ótimo, desde que não se fale em anistia para mandantes e financiadores do crime. E não estou olhando para o Bolsonaro, que já está inelegível e, se depender de mim, pode ser candidato porque não me incomoda”, diz Wagner.
De acordo com a coluna de Mônica Bergamo, na Folha, os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negociam com o Supremo Tribunal Federal (STF) uma lei para diminuir as penas de parte dos condenados, aumentando a punição para lideranças. Para Wagner, a movimentação de Alcolumbre e Motta é uma forma de “distensionar” a relação do Congresso com o Supremo e nega envolvimento do governo Lula (PT) nas negociações.
“O Planalto não está à frente do assunto. A posição —não diria nem que é Planalto, mas de quem zela pela democracia— é de não concordar com uma anistia. Quem está pressionado? O Parlamento, para votar a anistia. E a votação é para comprar uma briga com o STF, não com o Planalto. Não é o Planalto quem está condenando ninguém”, afirmou.
Lula Marques/Agência Brasil