

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enviou nesta segunda-feira (28) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a defesa prévia do processo sobre a trama golpista que tramita na Corte. No documento, ele indicou o governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, e mais 14 testemunhas de defesa na ação.
Além de Tarcísio, Bolsonaro indicou o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Ciro Nogueira (PP-PI), Hamilton Mourão (Republicanos-RS), o general de Exército Gomes Freire, o brigadeiro Batista Júnior e o ex-diretor de tecnologia do TSE Giuseppe Janino, responsável pelas urnas eletrônicas.
Ainda na defesa prévia, Bolsonaro reclamou de ter sido intimado na UTI do hospital.
“A citação foi realizada de forma contrária ao quanto estipula o artigo 244 do CPC e ocorreu contra a orientação e apesar das advertências dos médicos responsáveis pelo tratamento e internação do peticionário, situação que, todavia, não foi registrada nos autos na certidão lavrada”, afirmou a defesa.
Acusação
Em março deste ano, Bolsonaro e sete aliados foram denunciados pela trama golpista se tornaram réus no STF e passaram a responder pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
De acordo com a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-presidente tinha conhecimento do plano intitulado “Punhal Verde Amarelo”, que planejava assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.
Gustavo Moreno/STF