

O Brasil é pioneiro na atividade agropecuária de Angola, país da África Meridional, conforme informações do portal Globo Rural. Isso porque grande parte da produção do setor no país é gerenciada por brasileiros que moram por lá e que tentam levar medidas já implantadas aqui. Ainda, a região é avaliada como semelhante com as do Centro-Oeste brasileiro, com terras consideradas mais férteis e com menores custos de produção.
Assim como no Brasil, o país também apresenta problemas com infraestrutura, acesso a insumos, pouca mão de obra e segurança. As instabilidades políticas e econômicas de Angola também têm dificultado o crescimento do setor, além do que, a nação é dependente das importações de alimentos, mas busca se tornar uma nova fronteira agrícola mundial.
O goiano Altair Oliveira, que foi para Angola na década de 80, trabalha exclusivamente com a agricultura. Em uma fazenda da qual é sócio, a plantação é composta por seis mil hectares de milho, soja e feijão, e os transgênicos ainda não são autorizados no país. “O que faz dinheiro mais fácil e mais rápido é o milho. Soja não tem comprador”, disse, segundo a reportagem.
A região é considerada parecida com a do Brasil em relação ao solo, relevo e temperatura. A água chega de várias barragens construídas ao longo da propriedade que, antes, possuía nascentes.
Uma das vantagens do território angolano em relação ao Brasil é referente aos preços dos combustíveis usados nos maquinários. De acordo com a reportagem, custa R$ 1,50 por litro no interior do país.
“Em questão técnica, Angola não é limitante. Em questão de custo, tudo é melhor que o Brasil. A logística é mais difícil, mas defensivos, fertilizantes e ração têm boa viabilidade”, avaliou o gerente da Fazenda Terras de Koló, em Cacuso, Rodrigo Camargo, segundo o Globo Rural.
Divulgação / Ministério da Agricultura