

A polêmica envolvendo o Padre Fábio de Melo e a demissão de um gerente da cafeteria Havana, em Joinville (SC), ganhou um novo desdobramento. O Sindicato dos Trabalhadores em Turismo, Hospitalidade e de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (Sitratuh) emitiu uma nota de repúdio à atitude da empresa e informou que está apoiando o ex-funcionário na busca por reparações.
O caso veio à tona depois que o padre relatou, nas redes sociais, ter sido mal atendido na cafeteria, alegando que o valor cobrado por um produto era superior ao informado na prateleira e que o gerente teria sido arrogante. A publicação gerou repercussão negativa para o estabelecimento, que, dois dias após o episódio, demitiu o funcionário envolvido.
Em resposta, o ex-gerente negou que tenha falado diretamente com o sacerdote. Segundo ele, foi um integrante da equipe do padre quem questionou o preço de dois produtos, e que a sinalização da prateleira, de fato, não detalhava os itens.
Para o sindicato, a demissão foi uma tentativa da empresa de proteger sua imagem, punindo injustamente o trabalhador. “A empresa optou por culpabilizar o empregado de forma isolada, em clara reação à viralização do vídeo”, afirmou o Sitratuh, destacando que o funcionário foi alvo de exposição pública e cancelamento virtual, com imagens internas da cafeteria circulando amplamente.
A entidade considera a demissão abusiva e discriminatória, citando a Lei 9.029/1995 e diversos princípios constitucionais, como a dignidade da pessoa humana e a valorização do trabalho. Também criticou o fato de que o relato divulgado por Fábio de Melo não refletia todas as versões do caso, agravando a situação do empregado, que não teve a oportunidade de se defender.
O sindicato reafirmou seu posicionamento contra demissões motivadas por pressões externas e garantiu que está acompanhando o trabalhador desde o ocorrido.
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Reprodução/Globo