

O diretor-geral da Guarda Civil Municipal de Salvador, coronel Humberto Sturaro, confirmou o afastamento do agente envolvido em uma ocorrência neste final de semana, em Salvador, que deixou um homem e uma mulher feridos na Avenida Tamburugy, importante ligação da Avenida Paralela com o bairro de Piatã. Em entrevista nesta segunda-feira (9) durante o programa Giro Baiana, da Baiana FM 89,3 FM, ele declarou que se solidariza com as famílias envolvidas no caso.
De acordo com a GCM, durante a “Operação Anti-acta”, realizada diariamente nesta região a pedido dos moradores por causa de furtos de veículos, o condutor de um carro, ao perceber a presença dos agentes, engatou a marcha ré bruscamente e tentou fugir do local.
Ele foi alcançado por um agente que estava de moto, que efetuou disparos com o objetivo de fazer o motorista parar. No momento da ação, o carro tinha crianças e adolescentes que retornavam da praia.
“São situações que precisam de um apoio psicológico. Não que isso se justifique, de forma alguma, porque ele lida com vidas. Se ele não está preparado para trabalhar nas ruas, ele tem que trabalhar de forma administrativa. Quero me solidarizar com a família que passou por essa situação, que é totalmente desagradável, e com todos. Quando ver uma blitz, não fure. Porque as vezes, o policial que está ali ele não tem o discernimento necessário para saber que tem que fazer um acompanhamento e causar atos como esse”, disse Sturaro
“Essa ocorrência de violência desnecessária. Não é nem uma violência, é uma agressão desnecessária dada a um cidadão. Também não coadunamos com isso”, acrescentou.
Ainda segundo Humberto Sturaro, o homem teria tentado fugir com o carro por conta de irregularidades na documentação do veículo. “Graças a Deus que o tiro foi de raspão. A pessoa foi medicada e liberada no mesmo dia. Mas poderíamos ter ido às últimas consequências e hoje a gente poderia ter duas vítimas fatais”, afirmou o dirigente.
O diretor-geral da GCM ainda comentou o clima de insegurança que atinge a sociedade e o atual estado dos agentes policiais. “O policial hoje que está hoje na área hoje trabalham assustados porque são vítimas da violência. O que vem acontecendo publicamente vem sendo mostrado As pessoas estão perdendo o respeito quando diz algo à segurança. Quando tem uma determinação, não obedece. Você prende e quer tomar o preso. Você prende o veículo e não querem que ele seja conduzido. Esse tipo de atitude faz com que você, que trabalha na área, trabalhe com os nervos à flor da pele”, pontuou Sturaro.
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