

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o comerciante Diogo Dias Ventura a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília.
O homem foi apontado como um dos líderes do acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, local que incentivava novos manifestantes e arrecadava recursos para manter a estrutura no local.
Segundo informações do canal CNN Brasil, Ventura foi condenado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. O comerciante deverá pagar, ainda, junto com outros réus, R$ 30 milhões em indenização por danos morais e coletivos.
O julgamento ocorreu em plenário virtual da Primeira Turma do STF, entre os dias 20 e 30 de junho. O ministro Cristiano Zanin acompanhou o relator, Alexandre de Moraes, com ressalvas. Já Luiz Fux, apresentou posição contrária.
Para a defesa do comerciante, a condenação é injusta, já que Diogo Ventura “não tem prerrogativa de foro para ser processado e julgado pelo STF”. Seus advogados afirmaram que irão interpor recurso.
O líder
Diego Dias Ventura foi preso em 20 de julho de 2023 pela Polícia Federal (PF), em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, durante a fase da Operação Lesa Pátria.
Ventura aparece chutando grades de contenção do STF em imagens do dia 8 de janeiro. Ele ainda foi registrado já dentro do prédio, comemorando o que chamou de “missão cumprida”.
Ventura se identificava como um dos principais articuladores do grupo Abrapa 01, que permaneceu acampado em frente ao QG do Exército, em Brasília, através de vídeos e publicações nas redes sociais, ele chamava novos apoiadores, além de promover arrecadação de doações destinadas à manutenção da estrutura montada no local.
Marcelo Camargo / Agência Brasil