

A apóstola Carine Santos Almeida, de 47 anos, segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), em Salvador, desde o fim de semana, após ser baleada na cabeça enquanto estava dentro de um carro na madrugada de sábado (5), no bairro da Engomadeira.
Segundo familiares, Carine mexeu um dos dedos da mão ontem, um gesto que reacende a esperança de recuperação. A família também informou que o uso de sedativos vem sendo reduzido gradualmente, o que permitiu esse primeiro sinal de atividade motora. Apesar da gravidade do quadro, os médicos já consideram seu estado de saúde estável desde a cirurgia para a retirada do projétil que foi bem‑sucedida, conforme relatos da família.
A família mora no bairro da Boca do Rio e frequenta a Igreja Batista Casa Nova, localizada na Engomadeira. Após o culto, eles se ofereceram para levar um irmão da igreja até uma localidade da Engomadeira. Quando chegaram ao local, o líder religioso percebeu a presença de suspeitos armados. Ele se identificou como pastor, mostrou a Bíblia e foi autorizado a entrar na área.
No entanto, após deixarem o morador em casa e saírem do local, o carro foi alvo de disparos. No veículo estavam a apóstola Carine Carvalho, seu esposo Manoel e os filhos do casal. Apenas Carine foi atingida.
Após o incidente, a Polícia Militar reforçou a segurança na Engomadeira. A investigação está a cargo da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central), que busca identificar os responsáveis e esclarecer a motivação do atentado.
Durante esse período, uma corrente de solidariedade se formou a favor da apóstola. A filha, Quésia Carvalho, deixou uma mensagem emocionante nas redes sociais:
“Minha guerreira, minha fortaleza, em breve estaremos vendo esse teu sorriso lindo novamente. Testemunhos a contar. Te amo infinitamente.”
A comunidade religiosa também organizou doações de sangue. Desde o anúncio para doação, mais de 80% das bolsas coletadas pela manhã da última segunda-feira (7) foram destinadas à apóstola. De acordo com a equipe do HGRS, uma única bolsa pode salvar até quatro vidas.
Reprodução / Arquivo Pessoal