

Após o presidente norte-americano Donald Trump anunciar a imposição de uma tarifa de 50% aos produtos exportados para os EUA pelo Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou a prioridade do governo deve ser “preservar a relação comercial histórica e complementar entre os países”.
Não existe qualquer fato econômico que justifique uma medida desse tamanho, elevando as tarifas sobre o Brasil do piso ao teto. Os impactos dessas tarifas podem ser graves para a nossa indústria, que é muito interligada ao sistema produtivo americano. Uma quebra nessa relação traria muitos prejuízos à nossa economia. Por isso, para o setor produtivo, o mais importante agora é intensificar as negociações e o diálogo para reverter essa decisão”, disse Ricardo Alban, presidente da CNI, ao portal G1.
A entidade afirmou que o cenário deve impactar ainda mais as operações das indústrias brasileiras. Um levantamento preliminar realizado pela CNI indicou que um terço das empresas respondentes que exportam bens e/ou serviços aos EUA tiveram impactos negativos nos seus negócios.
O estudo foi realizado entre junho e o início de julho, ainda no contexto da tarifa básica de 10% e demais medidas comerciais setoriais. A CNI afirmou ainda que os norte-americanos também sofrerão efeitos das medidas.
A tarifa afeta a economia americana. O relacionamento bilateral é marcado por complementariedade, isto é, o comércio bilateral é composto por fluxos intensos de insumos produtivos”, avaliou a CNI.
Gilberto Sousa/ CNI