

O governo federal reagiu, nesta quarta-feira (16), às acusações de Donald Trump contra o serviço de transferência monetária, conhecido como Pix. Em postagem nas redes socias, o governo brasileiro acusou o presidente dos Estados Unidos de estar com ciúmes.
“Parece que nosso PIX vem causando um ciúme danado lá fora, viu? Tem até carta reclamando da existência do nosso sistema Seguro, Sigiloso e Sem taxas”, diz a legenda da postagem.
A publicação ainda ressalta a soberania do governo brasileiro e exaltou o método de transferência bancária, como sendo a mais usada do país. “Só que o Brasil é o quê? Soberano. E tem muito orgulho dos mais de 175 milhões de usuários do PIX, que já é o meio de pagamento mais utilizado pelos brasileiros. Nada de mexer com o que tá funcionando, ok?”.
(USTR, na sigla em inglês), anunciou que abriu uma investigação comercial contra o Brasil. O documento afirma ainda que o PIX também será investigado como uma prática de desleal brasileira em relação a serviços de pagamento.
“O Brasil também parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, entre outras, a promoção de seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”, destacou um trecho do documento da USTR.
O documento ainda cita investigações contra a rua 25 de Março, conhecido centro de comércio popular em São Paulo, afirmando que há supostas falhas na proteção e aplicação adequada e efetiva dos direitos de propriedade intelectual.
Planalto e Itamaraty repudiam ataque
Após tomar conhecimento do caso, o Palácio do Planalto afirmou estar analisando as acusações dos EUA e prepara uma resposta a altura, ressaltando que o PIX é uma conquista do povo brasileiro e que não será desmantelado por pressões internacionais. Ainda segundo as informações, não haverá nenhuma mudança no método para acatar os desejos de Trump.
O Itamaraty também se posicionou sobre o caso, afirmando que se trata de uma intromissão do presidente norte-americano “indevida” e “inaceitável” nos assuntos do país.
Ricardo Stuckert / PR/Facebook: Donald Trump