

As articulações de Tarcísio de Freitas (Republicanos), para viabilizar a aprovação de um projeto de anistia aos envolvidos na trama golpista e nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro de 2023 é avaliado por aliados como “virada” na carreira política do governador de São Paulo. As informações são do site Metrópoles.
De acordo com a publicação, um aliado revelou que Tarcísio era visto por parte da política como a “Dilma de Bolsonaro”. Em outras palavras, o atual governador de São Paulo era tido como o herdeiro eleitoral de um líder popular, mas que tinha um perfil técnico e que pouco participava das articulações políticas.
Para alguns auxiliares, Tarcísio resistiu às pressões do “bolsonarismo raiz” para abandonar o perfil institucional de governador e aderir ao “modo político” para ser o candidato apoiado por Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de 2026. O ex-presidente está impedido de disputar a Presidência da República desde que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o tornou inelegível.
Tarcísio esteve em Brasília nos últimos dias para participar diretamente da articulação para viabilizar um projeto de anistia, algo que não é de atribuição de um governador de estado.
Outro ponto de “virada” de Tarcísio foi o seu discurso durante o último ato bolsonarista na Avenida Paulista, realizado no domingo (7). Na oportunidade, o governador de São Paulo, pela primeira vez, fez ataques diretos ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
A falta de uma postura mais firme contra a Suprema Corte por conta do julgamento da trama golpista, que tem Bolsonaro como um dos réus, fazia com que Tarcísio fosse criticado por uma ala do bolsonarismo.
Aliados avaliam ainda que Tarcísio ainda está “aprendendo” como entrar no jogo político em Brasília. Deputados federais do Centrão ainda resistem ao nome do governador de São Paulo. O receio é de como ele acomodaria esses partidos caso fosse eleito presidente.
Alan Santos/PR