
Lula Marques / Agência Brasil

O diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, passou ‘panos frios’ na atividade da Abin durante o 8 de Janeiro. Em entrevista ao O Globo, Corrêa afirmou que o sistema da agência estava ‘confuso’. “Não tinha uma lógica, um funcionamento adequado. É o sistema como todo, e nós vamos atribuir total responsabilidade à Abin, porque era órgão central?”, questionou o diretor.
Luiz Fernando Corrêa ainda completou dizendo que já existe uma solução para os problemas encontrados e que tudo será resolvido. “Não vou tornar público meu diagnóstico. Vou fazer as correções. Desenhamos a solução, foi discutida e houve anuência do presidente [Lula (PT)]. Agora, temos um projeto para botar isso para funcionar”, informou Corrêa.
O diretor-geral também disse que tudo isso aconteceu porque a área da inteligência brasileira foi ‘mal tratada’ pelos governos desde a redemocratização do Brasil. “No segundo governo Lula (2006-2010), foi feita uma reestruturação das carreiras. O meu problema é a inteligência. A atividade foi malcuidada. Isso ocorreu por razões óbvias: a desconfiança de que o serviço servia só para vigiar pessoas, contrariava interesses do Estado, uma questão cultural”, destacou o diretor.
Lula Marques / Agência Brasil