

Personagem principal em um acordo que mantém Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF, Fernando Sarney assinou a anulação da conciliação que sustentava o dirigente baiano à frente da entidade. Vale destacar que, Sarney é um dos vice-presidentes da confederação, mas que rompeu amizade política com o atual mandatário.
A assinatura que anula o acordo entre dirigentes e a Federação Mineira de Futebol (FMF), foi feita junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), de acordo com o UOL. Segundo os bastidores, a movimentação de Fernando Sarney pode ser política, após o pedido de afastamento de Ednaldo feita no Supremo pela deputada Daniela Carneiro (União Brasil).
Na petição de Sarney, existem quatro indícios de que assinatura do Coronel Nunes não é legítima. Além daquelas já apresentadas pela deputada carioca, foi acrescentado que o Coronel Nunes teve um diagnóstico de tumor no cérebro em 2018 e que deu uma procuração pública com amplos poderes para gestão de suas finanças em 2023.
O ex-vice presidente da CBF fez três pedidos ao STF:
- Que seja anulado o acordo em favor de Ednaldo;
- Que seja reconsiderada a liminar dada no STF que suspeita efeitos de decisões judiciais do Rio de Janeiro;
- Que o caso seja enviado ao Ministério Público.
Um julgamento está marcado para o dia 28 de maio, após a polêmica envolvendo assinatura do Coronel Nunes. Caso o ministro Gilmar Mendes atenda aos pedidos feitos por Sarney, Ednaldo Rodrigues poderá ser destituído da CBF até uma decisão do STF sobre o caso original.

“Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reitera seu compromisso com a transparência, a legalidade e a boa-fé em todas as suas ações e decisões institucionais.
Diante das recentes notícias veiculadas na imprensa sobre suposto vício de vontade em assinatura constante do acordo homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a legitimidade da eleição do presidente Ednaldo Rodrigues, a CBF esclarece que ainda não teve acesso formal ao referido laudo pericial, supostamente assinado por perito particular, que está sendo utilizado de forma midiática e precipitada, em verdadeira espetacularização que atende a interesses nada republicanos e aparentemente questionado por terceiros absolutamente estranhos ao processo.
A CBF enfatiza que todos os atos relacionados ao acordo mencionado foram conduzidos dentro da legalidade e com a participação de representantes devidamente legitimados. O processo foi legítimo e teve acordo homologado.
É absolutamente inverdade que esse processo tenha sido reaberto a pedido de uma parlamentar.
A CBF confia plenamente na Justiça brasileira e permanece à disposição das autoridades competentes para esclarecer quaisquer dúvidas que eventualmente surjam. A entidade segue focada em sua missão de promover o futebol brasileiro com seriedade, profissionalismo e respeito às instituições e com absoluta tranquilidade de que todos os princípios de boa gestão e de probidade são diuturnamente respeitados”
Rafael Ribeiro/CBF